© Mariana Viegas

Próxima paragem: Cacém

sexta-feira, dia 23 de Novembro às 15h




Auditório Municipal António Silva
Shopping Cacém

Rua Coração de Maria, nº1
2735-285 Cacém
Informações e Reservas: Divisão de Animação Cultural dact@cm-sintra.pt
Tel. 21 923 61 01

unsex_me em Vila Nova de Stº André








dia 29 de Setembro às 21h30



na Biblioteca Municipal de Stº André

Informações: 269 750 040 / bmsa@cm-santiagocacem.pt





unsex me no 5º Festival do Côa




Sábado, 9 de Junho de 2007 às 21h30



auditório municipal do sabugal
Tel: 271 750 080





mais informações: http://www.cm-sabugal.pt/

próxima paragem....

forum cultural de alcochete

Dia 29 de Abril às 21h30


© Daniela Krtsch
mais informações: Tel. 212 349 640
http://www.cm-alcochete.pt/


o público continua a escrever...


© Daniela Krtsch





«Despir o corpo de preconceitos e libertar a mente é sinónimo de
"unsex me "…»

Unsex me em Leiria no Teatro Miguel Franco

Dia 10 de Março às 21h30
(http://www.cm-leiria.pt/pagegen.asp?SYS_PAGE_ID=831973&dia=10&id=970)





Teatro Miguel Franco
Largo Santana
Av. Combatentes da Grande Guerra
2400-232 Leiria
tel: 244860480

o que o público escreveu




A ideia do redondo aqui tornou-se esfera. Adorei sentir-me ligada por momentos

Joana



Eu acredito que uma coisa boa é aquela que nos faz sentir (?) paixão, sufoco, suplício, frio, seja o que for.
Isto fez-me ter medo, fez-me faltar o ar, fez-me suspirar, e fez-me desejar por mais quando do fim. Parabéns. Amei.


Ricardo Ferreira



Em pânico me vou, e sem saber que mais palavras usar me despeço... Encantada e em pânico!


Ana Henriques



Fácil de sentir... Difícil interpretação Cheio de garra, excentricidade e surpresa. Gostei. Tocou. Senti. Aprendi e Vivi. Fantástico


(sem assinatura)



Porque todas as palavras foram desperdiçadas quando os movimentos do corpo foram levados ao expoente da loucura. Felicidades

Joana Alves



Porque tudo foi simples, tudo foi sentido, tudo foi mágico. A possessão achei simplesmente brutal

(Ilegível)



Parabéns. É um prazer não estar sempre a ver as mesmas coisas. Algo de alternativo é muito, muito bom. (Será isto uma alternativa ao alternativo?


? Teles



O seu coração não é branco. Enche o espaço, o palco e os nossos sentidos. Obrigado pela viagem. É fantástica.

Nuno



Foi emocionante. Com garra, com movimento, com elegância, com dramatismo, com...

C.



Como pode um corpo adquirir consistências tão diferentes? Como se pode diluir num espaço e surgir de repente? Perfeito...

Catarina



O movimento, as texturas de luz, a palavra falada, mas também escrita: uma espiral de sentidos.

Rita



Foi fantástico. Um óptimo trabalho de tempos e dinâmicas. Bons silêncios. Boa interacção das dinâmicas sonoras voz/gravação/gesto/ sons de rua com o movimento e a luz... respiração que chegou ao ofegante. Atenção que se abriu.

Adriana S.



Vocês conseguiram criar um tom que me levou pela peça. Muito harmónico apesar do texto duro e da reflexão sobre a intencionalidade.

(Ilegível)


Gostei dos contrastes, corpo tenso voz calma a “música” cortava-me por dentro. Parabéns

JM



Adoro ver o corpo em diferentes camadas... fui envolvida por uma teia complexa de vários lugares... apanhei-me várias vezes em susto sem saber se já tinha acontecido o que eu estava a ver e a sentir! Muito maluco! Sentidos alterados e revirados s s s s. Trabalho de uma mulher madura.

Mariana



Nem sei onde começar... como gosto de te ouvir contar, ouvir as palavras agarradas ao corpo e a partir daí surge a emoção na matéria que nos separa e nos une. Emoção na palavra, no sentido que vem do peito dos pés enraizados no chão numa caminhada... Acho impressionante como mudas o espaço! Mantém para sempre esta calma na acção, a (preocup)ação com cada coisa, com uma peruca que cai, ou uma vontade de beber...


Ana Rita Teodoro


Gostei mesmo muito! Hei-de voltar!!! Pede-se mais destes se fizer favor...


Gracinha



Sei lá... Adorei! O gesto envolvia-me, a imagem a voz da Luz. Suspensão, tensão. Mta tensão. Estive envolvida do principio ao fim. Ainda estou sobe o efeito e por isso não vou escrever mais nada. Adorei.

(Ilegível)



Gostei muito deste Shakespeare ouvido através de uma voz das entranhas da luz


MJB



Não sei se o(s) mataste. A mim mataste-me algumas convicções


BiBi Perestrelo


Não deixava passar -- que bom já estar a seguir viagem.
ia escrever no livro mas fiquei sem palavras...
fortíssimo..boa expressão - óptima equipa.

maria ana d’orey diz (skype):
© Mariana Viegas
O amanhã, e o amanhã e o amanhã
insinua-se num passo banal dia após dia,
até à ultima silaba do tempo lembrado
e todos os nossos ontens
iluminaram o caminho da morte poeirenta aos loucos
apaga-te, apaga-te breve chama
a vida não é mais que uma sombra errante
um pobre actor
que se pavoneia e choraminga na sua hora de glória
e nunca mais é visto
uma lenda contada por um idiota,
cheia de som e fúria,
que não quer dizer nada
CURTA CARREIRA LISBOETA ANTES DE SEGUIR EM DIGRESSÃO
unsex me em_construção
só até domingo dia 11 no ESPAÇO KARNART às 22h














© Mariana Viegas
AGRADECIMENTOS


Não estão por ordem alfabética, mas por uma ordem de lembrança, sem qualquer hierarquia ou cronologia

Cristina Carvalhal, Ana Piu, Helena Faria
Espaço Experimental (c.e.m –www.c-e-m.org)
3º Curso de Animação Teatral do EP de Tires (a todas vocês obrigado)
Yola Pinto, Sofia Prestes, Mariana Viegas
Serviço de Belas Artes – Fundação Calouste Gulbenkian
Jó Bernardo, Julia Pascoal
Eva Tremel (our meetings in Brussels and online)
Ana d'Orey
Daniela Sivestre, Diana Mota, Julia Pascoal
GDA – Direitos dos Artistas (www.gdaie.pt/inicial.php)
Doran George
UEEH 2006 – Université d’Eté Euroméditerranéenne des Homosexualités (http://www.ueeh.org/)
Marta Nunes
Filipa Neuparth
Fátima Gravinho (pela lã)
Nicolás Ballistreri, Charlie Brown
Luis Castro, Vel Z, Sergionx
REDE – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea
Cristina Vilhena, Mónica Lopes
?lex, Rui Brás
Elias Macovela
Daniela Krtsch (fotos), BiBi Perestrelo e Rita Moreira, Ainoa Vidal, António Calpi, Yola Pinto, Mariana Viegas (fotos), Constança Meira, Eduardo Giacomini, Olga Nenevê e Jó Bernardo, Adriana Sá, Luis Castro
Claudia Lopes, Mónica Lopes
E sempre
o gang: andré, andrea, luz, pedro & sofia
© Daniela Krtsch
2 performers
Uma dá voz a esta Senhora pelas palavras de Lady Macbeth, e por vezes do próprio Macbeth em diálogo com ela. O corpo é encontrado em cada performance fisicalizando e integrando todos os elementos de um estar aqui e agora, uma pesquisa sobre densidades, texturas, ausência, silêncio, mas também sobre um corpo que se procura na fuga à identidade binária.
O outro performer trabalha Som, Video e Luz.
Dialogam no mesmo pé de igualdade.
O mesmo texto, dois pontos de vista diferentes sobre esse texto causando por vezes canones, outras coros e ainda solos e diálogos.
Fazer esta performance numa pequena sala ou num espaço de teatro convencional, ao ar livre ou numa igreja, em Lisboa ou em Braga, no inverno ou no Verão não é a mesma coisa e afecta positivamente os performers. É assim um espectáculo que tem como ponto de partida esta flexibiliodade.
Na primeira versão do espectáculo, colaboravam Luz da Camara e Yola Pinto (performers) e Sofia Prestes (concepção plástica).
Depois Luz da Camara trabalhou com Marta Nunes.
Nesta versão mantém-se Luz da Camara a performar com Rui Chaves (Som e Video perfomer). A nível plástico trabalhamos inspirados em e com a artistica plástica Constança Meira. Na criação fomos pré- e perseguidos de muito perto por Sofia Neuparth (www.c-e-m.org/sobre/pensadores_e_criadores/sofia_n.htm).
© Mariana Viegas

Luz da Camara
Estreei-me no teatro de revista Ádoque como actriz bailarina em 1977. Integrei o Taller de Investigaciones Teatrales Latino-Americanas orientado por Juan Uviedo (Entre a Argentina e Guatemala, 1978/1982). Faço parte da rede CEM – Centro em Movimento, onde pesquiso sobre fisicalizar densidades, texturas, o silêncio, a ausência; a muiteza, multiplicidade sobre a oposição; o corpo homeless, que se procura na fuga à oposição binária. Neste percurso fui apoiada pelo Serviço de Belas Artes da Fundação Calouste Gulbenkian num projecto de investigação sobre "fisicalizar textos canónicos" e também na vinda de Eva Tremel para apoiar a performance Olhares Femininos. Segundo Frei Luís de Sousa (2004/2005). Também a GDAIE me apoiou numa residência com Doran George em Lisboa e Marselha (2006).
Escrevo, entre outras coisas, guias de viajens a pé.

© Daniela Krtsch

Rui Chaves

Nasci em 19 de Fevereiro de 1983. Vivi em Vila Nova de Santo André até aos 19 anos. Parto para as Caldas da Rainha. Estudo Som e Imagem. Encontro o c.e.m-centro em movimento. Descobri o movimento que nos envolve, que nos une. É na profundidade desse movimento, dessa presença, que pesquiso em diversas linguagens artísticas.

Quanto ao unsex me...
Ligamo-nos a um espaço. Ocupamos. Transformamos e pesquisamos materiais que nos envolvam na profundidade da ligação com o outro. Utilizo o som e num diálogo atento ao eco de um corpo em constante mutação e denso, construo texturas que procuram abraçar-te e tocar-te.

Vou contar uma história

Vou contar uma história.
Ou secalhar vou apenas falar de uma história. Não. Vou contar uma história. Vou evocar uma das personagens e contar a história através dela. Mais, vou acreditar na história como se ela realmente tivesse acontecido.
Vou evocar uma mulher, a quem vou dar o nome de SENHORA.
A SENHORA vive numa casa de pedra enorme, num castelo. Cheio de correntes de ar, de escadas, sombras, ecos. A imensidão do espaço torna-se ainda maior porque está vazio. As escassas mobílias são pesadas e escuras: mesas gigantescas, cadeirões que mais parecem tronos, arcas. Imagino um silêncio pesado e frio como a própria pedra, riscado impiedosamente por bandos de homens seguidos das suas comitivas, a tocarem oboés, a arrastarem armaduras, espadas, estribos, freios, a tocarem oboés, a vociferarem de raiva ou euforia em sintonia com o resultado obtido no campo de batalha, a tocarem oboés, sinos, badalos aldrabas, a tocarem oboés, e no meio, a comerem e beberem alarvemente em banquetes orgíacos, a tocarem oboés…
Às mulheres vejo-as como algo muito pouco claro, muito indefinido, mas decididamente muito presente e quiçá assustador para alguns, como as sombras que as velas e o fogo projectam na pedra, como o som que o eco traz, deslizante, distorcido, móvel mas decididamente presente. Como num sonho sonhado. Como a aia ou dama de companhia, a única outra mulher que temos a certeza que aqui vive, que vela, que observa… Depois nos bastidores, nas cozinhas, nos quartos, a risota, as lágrimas, as inconfidências, a brincadeira.
No meio de toda esta algaraviada e alarvice masculina, ergue-se SENHORA.
Mas vejamos como começa a história para ela e para mim, claro!
A SENHORA está mergulhada nesse silêncio imenso e frio, que fala de ausência. Lê uma carta....